Educação no trânsito precisa ser matéria escolar
Fiscalização (rigor das leis e multas), Engenharia (vias bem projetadas e cuidadas) e Educação (campanhas de conscientização) são os três pilares fundamentais no combate para a redução de acidentes de trânsito. No Brasil, infelizmente vemos um descompasso na evolução entre cada um deles.
A fiscalização cresce rapidamente, pois é a única que traz retorno financeiro imediato para o setor público. A engenharia viária até vem apresentando sinais de melhoras, principalmente nos trechos que foram privatizados, mas tem muito a se desenvolver. Já a Educação sofre com cortes orçamentários recorrentes e continua relegada ao segundo plano da maioria dos governantes.
Afinal, você se lembra de alguma campanha recente de segurança no trânsito? E de combate ao mosquito Aedes aegypti, transmissor da Dengue, Chikungunya e Zika? Ah, essa você é bombardeado todos os anos, principalmente no verão.
E tem mais é que ser mesmo, afinal são doenças traiçoeiras. Mas saiba que as três juntas mataram menos de 1.000 pessoas por ano desde 2015, segundo dados do Ministério da Saúde. Acredite: esse é o número de mortes registradas em apenas nove dias no trânsito!
Vamos transferir investimentos do Ministério da Saúde para o do Transportes? Claro que não, apenas exemplifiquei para reforçar o tamanho do problema que é o trânsito brasileiro.
Conscientização na escola
Ao menos uma notícia boa surgiu esta semana no campo da Educação: 24 mil alunos e 1,2 mil professores da rede pública de ensino do Distrito Federal utilizarão as cartilhas produzidas pelo Observatório Nacional de Segurança Viária (ONSV).
Ao todo são 12 apostilas direcionas ao Ensino Fundamental I e II, com atividades que permeiam a Matemática, Língua Portuguesa, Ciências, História e Geografia, abordando, além do trânsito, outros temas transversais como Saúde, Meio Ambiente, Ética e Cidadania. Todo conteúdo pode ser baixado gratuitamente.
"O programa contribui para o desenvolvimento pessoal, oferecendo situações pedagógicas que trabalham a capacidade de agir, pensar e atuar nas situações de trânsito", afirma José Aurelio Ramalho, presidente do ONSV.
Uma iniciativa que certamente ajudará na melhoria do trânsito. Resta torcer para que outras escolas, inclusive as do setor privado, também despertem para o gravíssimo problema dos acidentes de trânsito.
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